O objetivo deste artigo é explorar as implicações práticas da Comunicação não-violenta (CNV), cunhada pelo psicólogo norte americano Marshall Rosenberg, enquanto ferramenta eficaz na construção do trabalho docente colaborativo e propositivo, isto é, o trabalho docente enquanto resultado da intersecção entre discência e docência. Ademais, apontar caminhos críticos para a reflexão desta modalidade de trabalho docente na direção de suas possibilidades e aspirações. Para tal, exploraremos a aplicação da CNV em um dos mais habituais momentos da atividade docente, qual seja, a “hora da chamada”. Iniciamos com uma apresentação da CNV, demonstrando seu principal pressuposto e como procede sua aplicação. Em seguida abordamos o momento da “chamada” aclarando a natureza e as consequências das tensões envolvidas em sua aplicação. Seguimos com o relato de experiência, base ilustrativa tanto de nossas proposições teóricas quanto do modo de trabalho aqui pensado, partindo para uma exposição de suas implicações metodológicas e críticas. Finalizamos com uma síntese dos principais pontos apresentados, frisando os pontos de reflexão e caminhos ainda abertos para o pensar da atividade docente, sugerindo pontos de partida e parâmetros a serem refletidos de modo a tornar os aspectos deste trabalho colaborativo e propositivo tanto mais claros quanto desejáveis.
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Oliveira, O. L. (2019). Comunicação não-violenta como ferramenta pedagógica: por uma prática docente propositiva e colaborativa. Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia, (24), 97–114. https://doi.org/10.33025/rps.v0i24.2265
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