Aprender a cuidar de famílias a viver processos de perdas e lutos requer a compreensão das caraterísticas do sistema familiar que afetam o processo de luto, assim como a perceção de que cada pessoa e cada membro da família difere na expressão do seu luto (Delalibera, Presa, Coelho, Barbosa & Franco, 2015). Descreve um estudo com abordagem qualitativa sobre as aprendizagens dos estudantes do último semestre do curso de licenciatura em enfermagem para cuidar das famílias a viver transições de perda e luto.A amostra, obtida por bola de neve, é constituída por 42 participantes sendo 46 % estudantes, 27% docentes e 27% enfermeiros tutores. A recolha de informação foi obtida por entrevista semiestruturada, sendo posteriormente submetida a análise de conteúdo.Os participantes consideram que há falta de preparação para cuidar das famílias como cliente dos cuidados. As aprendizagens e os contextos da prática clínica nem sempre são promotores de experiências significativas para que os estudantes aprendam a avaliar as necessidades da família a viver processos de perda e a acompanhá-la na elaboração do luto. Os estudantes tendem a centrar-se na pessoa doente, ignorando as necessidades da família e não a integrando no processo de cuidar. Aprender a cuidar de famílias é uma área que urge desenvolver na enfermagem. Os enfermeiros consideram que estamos numa fase inicial no que se refere a cuidar das famílias como cliente de cuidados.
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Moreira Rodrigues, F. (2021). Aprender a cuidar de famílias na transição para elaborar lutos e perdas. Pensar Enfermagem - Revista Científica | Journal of Nursing, 25(1), 5–17. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v25i1.177
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