O que eutentei fazerconsiste nas cansativas tratativasde tentar te esquecer,no esforço de deslembraro que jamais pode ser esquecidoe assim, abster-me em dizero que não precisou ser dito. Mesmo caminhandocontra meus sentimentosque insistem em lembrarvocê em todos os momentosme criando grande tormento,fomentoe vontadespor causa de um finalque deveria ser dadologo na primeira vez que você fez mal. E deste modo, nossa históriase resumenuma tentativa frustrada.Afinal,esquecer você jamaise ainda digo mais,mesmo com tudo issose o tempo voltasseeu diria améme ainda te aceitariapois até sendo mal você me fazia bem. Faz tempo que a gente não se falamas, minha vontadeé de conversar com você todo diae só pra te encontrar mais uma vezeu seria capazde criar um imprevistocom tudo previstooude causar uma coincidênciaque coincidejustamente com a sua,fazendo questãode esbarrar com você na ruae de cancelar minha agendapra impreterivelmentete sentir, nem que fosse de longenuma feira, na fila de um supermercado,numa cerimônia solenenum cotidiano banalna chuva, no sol,ao vivo, ao vinho, em coresou de modo artificial.
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De Oliveira, J. (2021). Sentimentos. Revista Letras Raras, 10(2), 279. https://doi.org/10.35572/rlr.v10i2.2031
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