Hidrocefalia derivada na infância: um estudo clínico-epidemiológico de 243 observações consecutivas

  • Kliemann S
  • Rosemberg S
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Abstract

Os objetivos deste estudo foram analisar as características epidemiológicas e clínicas de 243 crianças com hidrocefalia derivada, acompanhadas durante 1 a 27 anos, assim como identificar os fatores relacionados aos distúrbios psicomotores, epilepsia e ao óbito. A meningite pós-derivação e os distúrbios mecânicos do sistema foram as complicações mais freqüentes (22,3% e 30,7%, respectivamente). A média de derivação por paciente foi 1,47. Distúrbios motores graves ocorreram em 34,3%, déficit cognitivo em 58,5% e epilepsia em 43,6% dos pacientes. Os distúrbios motores correlacionaram-se positivamente com o grau da hidrocefalia. Houve maior incidência de déficit cognitivo e epilepsia nos casos de hidrocefalia pós-meningite. O óbito ocorreu em 52 pacientes e estes apresentaram um percentual maior de neoplasia do sistema nervoso central e de distúrbios motores na última avaliação, assim como de retirada da primeira derivação por meningite precoce, ocorrida até 2 meses após a derivação.This study aimed to evaluate the epidemiological and clinical data of 243 children with shunted hydrocephalus, followed-up during 1 to 27 years, as well as to identify the risk factors for psychomotor disturbances, epilepsy and death. Postoperative meningitis and mechanical problems were the most frequent complications (22.3% and 30.7%, respectively). There was an average of 1.47 shunt per patient. Severe motor disturbances occurred in 34.3%, cognitive deficits in 58.5% and epilepsy in 43.6%. Motor disturbances correlated positively with the degree of hydrocephalus. The majority of patients with hydrocephalus due to meningitis presented cognitive deficits and a significant incidence of epilepsy. Death occurred in 52 patients and there was a higher percentage of brain tumours in this group, as well as the replacement of the first shunt device due to precocious postoperative meningitis.

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Kliemann, S. E., & Rosemberg, S. (2005). Hidrocefalia derivada na infância: um estudo clínico-epidemiológico de 243 observações consecutivas. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 63(2b), 494–501. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2005000300024

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