Market Positioning

Abstract

ECONOMIA O fechamento de 2016 confirmou as expectativas negativas acerca da economia brasileira para aquele ano. Com uma atividade claudicante, mercado de trabalho moroso e considerável ociosidade do setor produtivo por conta de altos estoques, o produto interno agudizou e passou a impactar até a outrora resiliente inflação de serviços (6,5% a.a. no fim de 2016), levando o índice cheio a terminar 2016 em inesperados 6,29%. Esses fatores levaram a uma aceleração do ritmo de cortes na taxa SELIC pelo Banco Central, que deverá atingir o patamar de 9,5% já no final de 2017. No panorama político, a despeito do ainda enuviado impacto que terão as recentes delações, o novo governo tem conseguido impor sua agenda de mudanças de modo consistente. Os destaques agora são a reforma da previdência em curso, o desenrolar do pacote de concessões e a prometida reforma tributária. De modo geral, as três frentes têm evoluído de forma consistente e conforme os planos do governo, o que fez com que agências internacionais começassem a mudar o panorama de suas notas sobre a dívida nacional. Dessa forma, com a inflação convergindo ao centro da meta e juros com forte tendência de baixa, mantivemos nossa projeção do PIB para 2017 com um crescimento de 1,0% simultaneamente com a esperada melhora do ânimo dos investidores frente a efetividade do atual governo. Acreditamos que veremos um primeiro semestre de inflexão e um segundo que aproveitará a morosidade produtiva e baixos patamares passados para entregar taxas de crescimento mais robustas. Consequentemente a taxa de desemprego deverá começar seu descenso de forma tímida a partir do segundo semestre, muito por causa dos carregamentos da deterioração da atividade do ano passado.