A investigação tem demonstrado que a prevenção primária na toxicodependência deverá considerar modelos multimodais. Vários programas de prevenção têm demonstrado ser eficazes nas variáveis comportamentais e cognitivas mas não nas variáveis afectivas. “Crescer a Brincar” é um programa derivado do Modelo Sócio-Afectivo (Negreiros de Carvalho, 1991), que procura trabalhar variáveis comportamentais, sociais eafectivas.O presente artigo avalia a eficácia do referido programa junto de um grupo de 109 crianças. Os instrumentos utilizados, incluem o CABS (Michelson & Mood, 1982), que mede os estilos de comunicação, o CDI (Kovacs, 1981) que avalia os níveis de depressão, o SP (Harter, 1985) que mede o auto-conceito e finalmente “Sede de Viver”, instrumento criado especificamente para os objectivos do estudo e que avalia a tomada de decisão, assertividade e resistência à pressão dos pares.O estudo da eficácia revela resultados significativos nas variáveis cognitivas e comportamentais entre o Grupo de Controlo e Experimental. Ao nível das variáveis afectivas (depressão e auto-conceito) só se registaram diferenças entre o Pré e o Pós-teste do Grupo Experimental.
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Graça Pereira, M. D., & Moreira, P. (2012). Prevenção primária das toxicodependências: Avaliação de uma intervenção de grupo em crianças com idades entre os 8 e 9 anos. Análise Psicológica, 18(4), 455–463. https://doi.org/10.14417/ap.392
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