Este trabalho diz respeito à redefinição do espaço local da praia de Jericoacoara, localizada no Estado do Ceará, em função de seu uso turístico, considerando a indiscutível capacidade que tem o turismo de gerar incidências significativas sobre os territórios dos quais se apropria. Assim, buscou-se apreender o processo de apropriação, consumo e transformação (no aspecto físico e humano) deste espaço pelo/para o turismo, basicamente no período compreendido desde sua transformação em APA (Área de Proteção Ambiental), em 1984, até os dias atuais. Uma premissa teórico-metodológica fundamental sobre a qual se assenta esta pesquisa é a de identificar e analisar os papéis dos agentes de produção de espaços para o turismo, sendo estes os próprios turistas (a presença dos mesmos define o lugar turístico, e toda a produção é direcionada às suas exigências), o mercado (representado pelo ramo empresarial da atividade turística), os planejadores e promotores territoriais (ou seja, o papel do Estado, através das Políticas Públicas de Turismo, Políticas Urbanas e Ambientais), além da comunidade receptora que, no caso de Jericoacoara, teve um papel significante na reivindicação do espaço para a reprodução da própria vida, ao contrário da sua produção somente enquanto valor de troca.
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Molina, F. S. (2011). A produção do espaço pelo e para o turismo: o caso da praia de Jericoacoara, Ceará, Brasil. In Trunfos de uma Geografia Activa: desenvolvimento local, ambiente, ordenamento e tecnologia (pp. 177–185). Imprensa da Universidade de Coimbra. https://doi.org/10.14195/978-989-26-0244-8_18
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