Este texto discute aspectos teóricos das perspectivas feministas pós-coloniais e traz uma reflexão sobre sua aplicabilidade e desdobramentos para a criação musical, a partir de uma perspectiva que inclui marcadores sociais como gênero, raça e etnia, sexualidades, classe social, dentre outros. Sob as lentes da abordagem feminista de conhecimento situado, consideramos nossos trabalhos anteriores com musicologia e etnomusicologia. Também pretendemos descrever os processos que tornaram possível assumirmos nossa identidade como compositoras, e observar como a prática da criação sonora está profundamente relacionada a esta trajetória. Descrevemos assim os processos de elaboração de nossos trabalhos autorais como cantautoras, trazendo esta categoria para o centro do debate, por sua articulação das figuras de compositora e intérprete e sua importância para o debate feminista. Problematizando as ausências da produção musical das mulheres dos espaços musicais e acadêmicos, buscamos também discutir possibilidades de atuação nestes contextos, articulando os mesmos com os aportes teóricos dos estudos sobre gênero e música num sentido amplo.
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Rosa, L., & Nogueira, I. (2015). O que nos move, o que nos dobra, o que nos instiga: notas sobre epistemologias feministas, processos criativos, educação e possibilidades transgressoras em música. Revista Vórtex, 3(2), 25–56. https://doi.org/10.33871/23179937.2015.3.2.887
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