O professor pode ter tecnologia à sua disposição, dispor as cadeiras em círculos ou conhecer várias ferramentas de intervenção, mas sem um profundo desenvolvimento pessoal ligado à Inclusão, as suas ações tenderão a estar distantes de uma Educação equitativa, de qualidade e para todos. Este artigo analisa o curso de formação contínua “Pedagogias Expressivas em Educação Inclusiva”, realizado em 10 edições, em Portugal, nos últimos 3 anos. O curso foi delineado com duas intenções: estimular os formandos a utilizar as Pedagogias Expressivas nas suas práticas educativas e utilizar as Pedagogias Expressivas para dar aos participantes uma formação pessoal, com impacto nas suas práticas educativas em favor da Inclusão. A análise dos relatórios apresentados pelos formandos dividiu-se em três categorias: as reflexões sobre o reconhecimento de si, as reflexões sobre o reconhecimento do e a interação com o outro, e as reflexões sobre a prática profissional. Desta análise resulta, sobretudo, que os formandos julgam ser fundamental “olhar para dentro de si” para integrar melhor o desenvolvimento pessoal com o profissional; em segundo lugar, assumem que a inversão de papeis com os diversos intervenientes do processo educativo permite um melhor conhecimento dos mesmos e leva a uma maior empatia, sendo esta fundamental para uma prática profissional mais inclusiva; e, por fim, os formandos identificam que o forte impacto da formação no seu desempenho profissional está no facto de o curso utilizar uma metodologia que aguça a reflexão sobre dimensão pessoal de cada um, tornando-a numa formação que, de certa forma, “incita a Inclusão”.
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Lima-Rodrigues, L. M. S. (2017). Formação ativa e expressiva de professores: “bagunçando o coreto” para estimular a inclusão! Revista Educação Especial, 30(59), 709. https://doi.org/10.5902/1984686x28428
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