O tema deste artigo é o ruído urbano, considerado, atualmente, a terceira causa de poluição do planeta. No Brasil, embora exista legislação específica que determina os limites de emissão de ruídos e estabelece medidas de proteção para a coletividade, o que se constata é que os níveis do mesmo estão acima de valores recomendados. A exposição ao ruído pode acarretar nos seres humanos alterações de diversas ordens e conseqüentemente, resultar em diminuição da qualidade de vida. Nosso objetivo foi estudar e compreender como se dá a percepção da poluição sonora pela população dos Setores Especiais Estruturais de Curitiba, e a relação existente entre o som (ruído), a saúde (auditiva) e o ambiente (urbano). Para tanto realizamos medições de níveis de pressão sonora em 100 pontos escolhidos aleatoriamente no locus da pesquisa e entrevistamos 100 moradores nos mesmos locais. Constatamos que os níveis de ruído dentro das residências que ladeiam os Setores Especiais Estruturais estão acima do recomendado legalmente. Os resultados das entrevistas mostram que a população percebe a presença do ruído em seus lares, é capaz de identificar suas causas (principalmente o tráfego de veículos) e efeitos (auditivos e não auditivos), porém, esta percepção não se faz contundente.
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Ribas, Â., Schmid, A., & Ronconi, E. (2010). percepção do ruído urbano e seus efeitos sobre a qualidade de vida de moradores dos setores especiais estruturais de Curitiba. Revista Geografias, 6(1), 70–86. https://doi.org/10.35699/2237-549x..13284
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