As estações de tratamento de esgoto (ETE) e estações de tratamento de água (ETA) visam à retirada da carga orgânica. A remoção de outros tipos de compostos, tais como os contaminantes emergentes que se encontram em concentrações traço (da ordem de µg L-1 a ng L-1), ainda é deficitária. Com isso, novas alternativas de tratamentos estão sendo investigadas e, portanto, o trabalho proposto teve por objetivo, avaliar a remoção da dipirona sódica em meio aquoso, através do processo de fotocatálise heterogênea, utilizando dióxido de titânio (TiO2) como semicondutor, empregando radiação ultravioleta artificial e/ou solar, com acompanhamento por meio de espectroscopia UV-Visível. O estudo da degradação foi realizado em duas matrizes (água ultrapura e água de rio) e para o monitoramento da degradação da dipirona sódica utilizou-se o espectrômetro UV-Visível em comprimento de onda de 258 nm. Os resultados indicaram que foi possível remover em 80% a dipirona sódica (20 mg L-1), após o período de 60 minutos, empregando 75 mg L-1 de TiO2, sob aeração constante e irradiação UV artificial. O emprego de radiação UV solar também se mostrou eficiente, removendo cerca de 70% do fármaco após 60 minutos de tratamento. Ao se empregar a água de rio nos estudos, observou-se a remoção de 80% e 54% da dipirona usando UV artificial e solar, respectivamente. A análise de carbono orgânico total (COT) mostrou que aproximadamente 30% da dipirona sódica foi mineralizado no mesmo intervalo de tempo (60 min). Como não houve a mineralização total do composto inicial, supõem-se que parte da dipirona tenha gerado subprodutos, os quais não foram o alvo de estudo neste trabalho.
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Terra, S. D. V., Goulart, B. V., Fagundes, P. M. L. L., Nadaleti, D. H. S., & Kondo, M. M. (2020). Fotodegradação de dipirona por catálise heterogênea empregando TiO2/UV. Research, Society and Development, 9(1), e73911646. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1646
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