A divulgação, em 2014, dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, incluindo a pesquisa suplementar sobre segurança alimentar, permite atualizar as informações sobre esse tema relevante e analisar a evolução da segurança alimentar no País, comparando esses dados com os obtidos nas PNADs de 2004 e 2009. É clara a tendência de redução da insegurança alimentar. O ajuste de modelos de lógite para os dados de 2013 leva a reafirmar que os determinantes fundamentais da segurança alimentar de um domicílio são a renda domiciliar per capita, a escolaridade, a disponibilidade de água encanada, luz elétrica e esgoto apropriado e a estabilidade da renda (o emprego com carteira é mais favorável à segurança alimentar do que o emprego sem carteira ou o trabalho por conta própria). Modelos de lógite estimados agregando os dados de 2009 e 2013 permitem constatar que há parcela da redução da insegurança alimentar associada a mudanças que não foram apropriadamente captadas pelas variáveis explanatórias consideradas. Uma dessas mudanças favoráveis provavelmente é a redução na desigualdade da distribuição da renda. São, ainda, analisadas as frequências das respostas à pergunta sobre a atitude adotada quando faltou alimento.
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Hoffmann, R. (2015). Brasil, 2013: mais segurança alimentar. Segurança Alimentar e Nutricional, 21(2), 422. https://doi.org/10.20396/san.v21i2.8634472
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