O presente estudo investigou a relação entre o tipo de alimentação do bebê (aleitamento materno, fórmula e alimentação mista) e os comportamentos de interação mãe-bebê, a partir do conceito de sensibilidade materna. Participaram 20 díades com bebês nascidos pré-termos (Grupo I) que necessitaram de tratamento intensivo neonatal, 14 díades com bebês nascidos a termo (Grupo II) que necessitaram de tratamento intensivo neonatal, e 24 díades com bebês nascidos a termo sadios (Grupo III). O risco do recém-nascido foi considerado a partir de sua necessidade de tratamento intensivo neonatal. A interação mãe-bebê foi filmada durante a situação de face-a-face, aos dois meses de idade do bebê, e avaliada conforme o Protocolo de Interação Mãe-Bebê (Schermann et al. 1994) que pontua itens referentes aos comportamentos interativos da mãe, do bebê e da díade mãe-bebê. Os resultados mostraram que a sensibilidade materna diferiu entre os três grupos investigados (p = 0,039), havendo maior incidência no Grupo III (grupo controle). A partir do estudo realizado, é possível inferir que a sensibilidade materna é mais favorável em mães de bebês nascidos a termo e sadios do que em mães de bebês nascidos com risco neonatal. O aleitamento materno é um importante fator que promove o estabelecimento de uma sensibilidade materna mais favorável, sendo fundamental o incentivo da amamentação mesmo para recém-nascidos pré-termo e a termo de risco.The purpose of this study was to investigate the relation between the kinds of infant's feeding (breastfeeding, complement and mixed) and the mother-infant interactional behaviors. The participants included 20 dyads of pre-term infant (Group I) who had needed intensive care, 14 dyads of full-term infant (Group II) who had needed intensive care, and 24 dyads of full-term health infants (Group III). The risk was considered by the neonatal intensive care needed. The mother-infant interaction was filmed at face-to-face situation and evaluated through Mother-Infant Interaction Protocol (Schermann et al. 1994) to assess the maternal behaviors, the infant behaviors and the dyads behaviors. Results showed that maternal sensitivity was very different between groups (p = 0.039); Group III (control group) had a better maternal sensitivity. Therefore maternal sensitivity is better in mothers of full-term health infants, than in mothers of pre-term infant and full-term infant who had needed intensive care. Breastfeeding is an important factor to promote a better maternal sensitivity.
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Alfaya, C., & Schermann, L. (2005). Sensibilidade e aleitamento materno em díades com recém-nascidos de risco. Estudos de Psicologia (Natal), 10(2), 279–285. https://doi.org/10.1590/s1413-294x2005000200015
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