Peelings químicos combinados

  • Mêne R
  • Andreoni W
  • Moraes P
  • et al.
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Abstract

INTRODUÇÃO Diferentes tipos de peelings químicos estão sendo utilizados atualmente na prática médica 1 . Alguns desses peelings foram criados para penetrar profundamente na pele e causar efeitos profundos na remodelagem do colágeno. Estes peelings químicos profundos produzem uma extensa necrose de tecido e, em geral, necessitam de longos períodos de cicatrização. O mais conhecido agente químico que promove um peeling profundo é o fenol, introduzido nos Estados Unidos por um dermatologista alemão em 1930 2 , embora tenha sido popularizado somente nos anos 70, graças aos trabalhos histológicos realizados por Baker e outros autores 3 . Nas ultimes duas décadas outro agente de peeling, o ácido tricloroacético (TCA), tornou-se muito popular nos Estados Unidos 4,5 . Este novo agente químico, em altas concentrações, pode produzir peelings químicos também de média e grande profundidade sem os sérios riscos a que os pacientes estão submetidos quando utilizam o peeling de fenol (nefrotoxidade, hepatotoxidade, risco de parada cardíaca e outros 6), embora nos dias atuais diversas formulações de fenol light estejam em uso, com um baixo nível destes efeitos colaterais indesejáveis. Na última década do século XX, uma nova substância, o ácido glicólico, foi incorporada ao arsenal de produtos químicos que podem ser utilizados como agente de peeling. Isto deve-se aos trabalhos clínicos desenvolvidos pelo Dr. Eugene Van Scott, que descreveu uma nova família de ácidos conhecidos hoje como AHA (Alpha Hydroxy Acids) 7 . Baseado nestes trabalhos o Dr. Lawrence Moy (UCLA) realizou diferentes estudos histológicos comparativos entre Fenol, TCA e ácido glicólico. Estes estudos demonstraram claramente a possibilidade de estimulação dérmica pelo ácido glicólico com a mínima possibilidade de necrose tecidual 8 (Quadro 1). Nos últimos 3 anos uma série de novos peelings foram desenvolvidos por diferentes autores, estes peelings utilizam a combinação de diferentes substâncias químicas buscando o sinergismo durante o contato das substâncias com a pele. O mais popular destes peelings utiliza a associação do ácidos glicólico (Alfa Hidroxi Ácido) com o Ácido Salicílico (Beta Hidroxi Ácido) como veremos neste capítulo. Provavelmente, a grande revolução na dinâmica dos peelings químicos superficiais, médios e profundos é a possibilidade de utilizar o ácido e promover peelings de características superficial (leve epidermólise), e com a possibilidade de estimulação dérmica profunda, podendo ser uma ótima opção para o tratamento de melasma (leve epidermólise) (Figs. 1A, 1B, seqüelas de acne e severo fotoenvelhecimento da pele (quando usado para promover forte eritema com edema). (Figs.2A, 2B, 2C)

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Mêne, R., Andreoni, W. R., Moraes, P., & Mendonça, O. (2013). Peelings químicos combinados. Surgical & Cosmetic Dermatology, 3(1), 1–10.

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