O presente artigo pretende discorrer sobre as relações entre o fazer poético e processual do bordado e a questão da subjetividade, percebendo como é possível valer-se do bordar como gesto cartográfico, como sugerido por autores pós-estruturalistas tais como Deleuze e Guattari, e também Rolnik. Para tal, são revisitados os processos poéticos envolvidos na fatura de um trabalho de conclusão de curso, denominado Os Avessos de Nós: Bordado na representação do corpo feminino. Este, relaciona os conceitos ao redor da subjetividade, em específico a subjetividade feminina, com os processos da fatura do bordado, atentando para quais são as contaminações entre o fazer manual e a representação do corpo como território afetivo. Desta forma, visa-se compreender de que forma a prática manual se relaciona com o corpo, tanto aquele representado como o agente da fatura, e como ele opera como meio de existencializar de devires, além de conotar a importância do uso de meios classificados como artesanais na manutenção das subjetividades.
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Dias, M. de A. C. (2019). Bordado e subjetividade: o bordado como gesto cartográfico. Palíndromo, 11(23), 50–61. https://doi.org/10.5965/2175234611232019050
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