Durante séculos, a medicina buscou tratar anormalidades. Hoje, porém, a própria normalidade está aberta a modificações médicas. Munida de nova compreensão molecular de corpos e mentes, e de novas técnicas para manipulação de processos básicos da vida no nível de moléculas, células e genes, a medicina busca lidar com processos humanos vitais. Lançamento da PAULUS, a obra A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI oferece uma análise indispensável dos desenvolvimentos recentes nas ciências da vida e na biomedicina, que têm levado à difusa politização da medicina da vida humana e biotecnológica. O autor explica que o desenvolvimento do livro ocorreu a partir da pesquisa de trabalhos de outros estudiosos do assunto. “A obra só se tornou possível devido à riqueza e à produtividade da comunidade de estudiosos que pensam, como eu, que algo mais significativo – politicamente – está assumindo forma no decurso dos recentes desenvolvimentos das ciências políticas da vida”, conta. Dividido em oito capítulos, a obra analisa a biopolítica molecular contemporânea, evitando o exagero da ciência popular e do pessimismo da maioria das ciências sociais. Nikolas Rose é professor de Sociologia do departamento J. White Martin da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, bem como diretor do Centro BIOS para Estudo de Biociência, Biomedicina, Biotecnologia e Sociedade. Seus livros incluem The Psychological Complex, Governing the Soul, Inventing Our Selves e Powers of Freedom: Reframing Political Thought. Em parceria com Peter Miller, Nikolas Rose é autor ainda de Governing the Present (tradução brasileira: Governando o Presente: gerenciamento da vida econômica, social e pessoal. São Paulo: PAULUS, 2012).
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Carlotto, M. C. (2014). Nikolas Rose, A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no Século XXI. Tempo Social, 26(2), 242–248. https://doi.org/10.1590/s0103-20702014000200015
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