OBJETIVO: verificar a prevalência de alterações de fala, linguagem e motricidade orofacial, bem como uma possível associação destes fatores com determinantes sociais como, condição socioeconômica e escolaridade parental em crianças de 4 a 6 anos e 11 meses de idade, matriculadas em escolas municipais de educação infantil da cidade de Santa Maria - RS. MÉTODOS: a presente pesquisa caracteriza-se como transversal, de prevalência, em que participaram 262 crianças entre 4 a 6 anos e 11 meses de idade, estudantes de escolas da rede municipal. Realizou-se entrevista com os pais e avaliação fonoaudiológica (linguagem, fonética/fonologia, praxias articulatórias e buco-faciais e estruturas orofaciais). Os sujeitos foram agrupados conforme os critérios: renda familiar, escolaridade do pai e da mãe, alterações de linguagem, fala e motricidade orofacial. Os resultados passaram por análise estatística com o teste Exato de Fischer e nível de significância fixado em 5%. RESULTADOS: a alteração mais prevalente foi a de motricidade orofacial (31,30%), seguida das alterações de fala (21,37%) e de linguagem (4,58%). Não foi encontrada associação entre as alterações fonoaudiológicas e os determinantes sociais. CONCLUSÃO: a amostra estudada apresentou alto índice de alterações fonoaudiológicas, o que evidencia a importância da atuação de fonoaudiólogos nas redes públicas de ensino. A não associação entre alterações fonoaudiológicas e determinantes sociais se deve, provavelmente, pela homogeneidade da amostra, sugerindo a realização de novos estudos com amostras mais heterogêneas.PURPOSE: to verify the prevalence of speech, language and orofacialmotricity, and a potential association among these factors with social indicators like, socioeconomic status and parents' education in children aged between 4 to 6 years and 11 months, who are enrolled in kindergarten public schools from Santa Maria - RS. METHODS: this research is a cross-sectional prevalence survey, in which 262 children aged between 4 to 6 years and 11 months took part. They were students from public schools. An interview with the guardians and a speech-language assessment (language, phonetics/phonology, articulatory and orofacial praxis, orofacial structures) were performed. The children were classified according to the criteria: family income, mother's and father's education, language, speech and orofacialmotricity. The results had statistical analysis with Fischer Test and significance level fixed on 5%. RESULTS: the most prevalent disorder was orofacial myology disorder (31,30%), followed by speech (21,37%) and language (4,58%) disorders. No association was found between speech-language disorders and social indicators. CONCLUSION: the analyzed sample showed high prevalence of speech-language disorders. This result indicates the importance of speech pathologists' work in the public schools. Probably, the uniformity of the sample caused no association between speech-language disorders and social indicators, suggesting the necessity of performing other researches with more varied samples.
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Melchiors Angst, O. V., Pase Liberalesso, K., Marafiga Wiethan, F., & Mota, H. B. (2015). Prevalência de alterações fonoaudiológicas em pré-escolares da rede pública e os determinantes sociais. Revista CEFAC, 17(3), 727–733. https://doi.org/10.1590/1982-0216201516114
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