RESUMOObjetivo: O artigo problematiza questões relativas à resiliência e ao contexto do trabalho e formação em situações de cuidado com pacientes oncológicos. O contato com a morte produz situações de sofrimento dos trabalhadores, principalmente na contemporaneidade, em que foi deslocada para a internalidade dos serviços de saúde como desafio tecnológico. Método: Foi desenvolvido no formato de um ensaio teórico e empírico, com dados originários de uma revisão de literatura de diversos campos do conhecimento e coletados a partir de entrevistas com enfermeiros em uma unidade de oncologia. Resultados: Os resultados revelaram que as situações de morte e morrer levam ao adoecimento dos trabalhadores associado a um imaginário social que associa a doença oncológica com a morte. Conclusão: Conclui-se que o contato com a morte e o morrer são fatores que geram sofrimento nos trabalhadores e que, comumente, os mecanismos de enfrentamento são desenvolvidos pelos próprios trabalhadores, com insuficientes iniciativas institucionais e com deficiente abordagem na formação. Propõe-se que a temática da morte e do morrer sejam mais visíveis na formação e em dispositivos de educação permanente no cotidiano dos serviços.
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Quadros, A. de. (2018). Resiliência no trabalho de enfermeiros em serviços de atenção oncológica: o desafio de desenvolver capacidades profissionais. Saúde Em Redes, 4(2), 129–142. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n2p129-142
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