Resumo Uma análise detalhada apresenta o método argumentativo a contrario, característico do artigo "Existe a contracultura?", de Umberto Eco, como paradigmático do princípio estruturalista da constituição do sentido por meio de oposições semânticas. O artigo argumenta que muitos dos escritos de Eco podem ser lidos como aplicações do princípio estruturalista de que apenas diferenças ou oposições carregam significação. A evidência do modo como o pensamento de Eco está sob o encanto do princípio das oposições e da dialética da presença e da ausência é apresentada através do levantamento dos escritos gerais de Eco e também da inspeção das obras A estrutura ausente e Semiótica e filosofia da linguagem. Além disso, o artigo revela que o pensamento de Eco é igualmente atraído tanto por processos nos quais oposições anulam ou dissolvem a si próprias quanto pela crítica pós-estruturalista do pensamento estruturalista.Abstract A detailed analysis presents the method of arguing a contrario in Umberto Eco's paper "Does counterculture exist?" as paradigmatic of the structuralist principle of meaning constitution by semantic opposition. The paper argues that many of Eco's writings can be read as applications of the structuralist principle that only differences or opposites carry signification. Evidence of the way in which Eco's thought is under the spell of the principle of opposition and the dialectics of presence and absence is given from a general survey of Eco's writings as well as from La struttura assente and Semiotics and the Philosophy of Language. Furthermore, the paper reveals that Eco's thought is equally attracted by processes in which oppositions annul or dissolve themselves as well as by the poststructuralist critique of structuralist thought.
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Nöth, W. (2016). O fundamento estrutural do pensamento de Umberto Eco. Galáxia (São Paulo), (32), 5–14. https://doi.org/10.1590/1982-25542016227774
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