INTRODUÇÃO: Rigidez e flexibilidade são propriedades musculares freqüentemente consideradas como sinônimas na literatura, apesar de apresentarem diferenças com relação as suas definições. OBJETIVO: Investigar a contribuição da medida de flexibilidade dos isquiotibiais para a rigidez passiva deste grupo muscular. MÉTODOS: A rigidez e a flexibilidade foram avaliadas em 33 indivíduos saudáveis. Um dinamômetro isocinético registrava o torque passivo oferecido pelos isquiotibiais durante a extensão passiva do joelho, à velocidade de 5º/s. Durante os testes, foi feita a monitoração da atividade muscular para garantir silêncio eletromiográfico. A inclinação da reta torque x ângulo foi utilizada para determinar a rigidez total dos isquiotibiais. A amplitude de teste foi dividida em três porções para calcular a rigidez do 1º, 2º e 3º terços do movimento angular. A flexibilidade foi avaliada através do ângulo articular do joelho em que o movimento da alavanca foi interrompido pelo examinador ao perceber resistência à movimentação adicional e o participante relatar sensação de desconforto pelo alongamento dos isquiotibiais. Como tratamento estatístico, foram utilizadas análises de regressão simples. RESULTADOS: Análises de regressão demonstraram valores de correlação r = -0,48 (R² = 0,23; p = 0,005), r = -0,54 (R² = 0,29; p = 0,001), r = -0,46 (R² = 0,21; p = 0,007) e r = -0,45 (R² = 0,20; p = 0,008) entre flexibilidade e rigidez passiva total, 1º, 2º e 3º terços, respectivamente. CONCLUSÃO: Apesar de as associações entre as variáveis terem sido significativas, uma percentagem pequena da variabilidade da medida de rigidez passiva pode ser explicada pela flexibilidade. Conclui-se que essas propriedades não são sinônimas e devem ser analisadas de forma independente.INTRODUCCIÓN: Rigidez y flexibilidad son propiedades musculares que con frecuencia son consideradas como similares en la literatura, a pesar de presentar diferencias con relación a sus definiciones. OBJETIVO: Investigar la contribución de la medida de flexibilidad de los isquiotibiales para la rigidez pasiva de este grupo muscular. MÉTODOS: La rigidez y la flexibilidad fueron evaluadas en 33 individuos saludables. Un dinamómetro isocinético registraba el torque pasivo ofrecido por los isquiotibiales durante la extensión pasiva de la rodilla, a una velocidad de 5°/s. Durante los tests, fue hecha el monitoreo de la actividad muscular para garantizar silencio electromiográfico. La inclinación de la recta torque x ángulo fue usada para determinar la rigidez total de los isquiotibiales. La amplitud del test fue dividida en tres porciones para calcular la rigidez del 1º, 2º y 3º tercio del movimiento angular. La flexibilidad fue evaluada a través del ángulo articular de la rodilla en que el movimiento de la palanca fue interrumpida por el examinador al percibir resistencia al movimiento adicional y el participante relatar una sensación de incomodidad por el alongamiento de los isquiotibiales. Como tratamiento estadístico, fueron utilizados análisis de regresión simple. RESULTADOS: Análisiss de regresión demostraron valores de correlación r = -0,48 (R² = 0,23; p = 0,005), r = -0.54 (R² = 0.29; p = 0.001), r = -0.46 (R² = 0.21; p = 0.007) y r = -0.45 (R² = 0.20; p = 0.008) entre flexibilidad y rigidez pasiva total, 1º, 2º y 3º tercios, respectivamente. CONCLUSIÓN: A pesar de las asociaciones entre las variables haber sido significativas, un porcentaje pequeño de la variabilidad de la medida de rigidez pasiva puede ser explicada por la flexibilidad. Se concluye que estas propiedades no son sinónimas y deben ser analizadas de forma independiente.INTRODUCTION: The terms stiffness and flexibility, which refer to muscle properties, are frequently used as synonymous in the literature. However, these two muscle properties have distinct definitions. OBJECTIVE: To investigate the contribution of the measure of flexibility to the passive stiffness of the hamstrings. METHODS: Stiffness and flexibility were measured in 33 healthy individuals. An isokinetic dynamometer registered the resistance torque offered by the hamstrings during knee passive extension at 5º/s. Muscle activity was monitored during the tests to guarantee electromyographic silence. The slope of the torque-angle curve was used to determine the hamstrings passive stiffness. The range of the test was divided into three portions to calculate the stiffness of the 1st, 2nd and 3rd thirds of knee movement. Flexibility was assessed by having the examiner move the lever of the dynamometer in the direction of knee extension. The final measure was determined as the angle at which movement was interrupted because the examiner perceived a resistance to further movement and the volunteer reported a sensation of discomfort. Simple regressions were used for statistical analysis. RESULTS: The regression analysis demonstrated correlation values of r = -0.48 (R² = 0.23; p = 0.005), r = -0.54 (R² = 0.29; p = 0.001), r = -0.46 (R² = 0.21; p = 0.007) and r = -0.45 (R² = 0.20; p = 0.008) between flexibility and total, 1st, 2nd and 3rd third stiffness, respectively. CONCLUSION: Despite significant associations between the analyzed variables, flexibility explains only a low percentage of the variability of the stiffness measure. Stiffness and flexibility are not equivalent and should be analyzed independently.
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Aquino, C. F. de, Gonçalves, G. G. P., Fonseca, S. T. da, & Mancini, M. C. (2006). Análise da relação entre flexibilidade e rigidez passiva dos isquiotibiais. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte, 12(4), 195–200. https://doi.org/10.1590/s1517-86922006000400006
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