MADRES TRABAJADORAS ACADÉMICAS: OPACIDADES, PRIVILEGIOS Y RESISTENCIAS EN PANDEMIA

Abstract

Resumen Ante la pandemia, el gobierno chileno implementó medidas de intervención que fueron eminentemente de carácter sanitario. Este proceso tuvo como sustento una serie de discursos de control y disciplinamiento social que apelaban al autocuidado, la prevención familiar y la auto-responsabilización. A través de la construcción de cuatro Narrativas de Vida de madres académicas, se presentan cuatro repertorios interpretativos críticos respecto de aquello: (a) una mirada cuestionadora a la reproducción de posturas neoconservadoras sobre cuidados y familia tradicional en pandemia; (b) cómo el énfasis discursivo en lo sanitario, invisibilizó otras problemáticas que cruzaron madres trabajadoras académicas y a la vez privilegió su vivencia cotidiana a través de la exposición sanitaria de otros cuerpos;(c) crítica a la contradicción de discursos en lo académico respecto a la flexibilización laboral frente a la pandemia y el exhorto a la mantención de estándares de productividad liberal y (d) una posibilidad de tejer resistencias colectivas.Abstract: In order to combat the pandemic, the Chilean government has proposed interventions based on health and safety. This process has been justified by a series of discourses around control and social discipline, which appeal to self-care, family prevention and individual responsibility. We use four Life Narratives of academic mothers in order to illustrate four critical, interpretative repertoires related to State and social discourses on the pandemic: (a) a problematization of the reproduction of neoconservative positions on caregiving and the traditional family during the pandemic; (b) how the discursive emphasis on health, made invisible other problems that were common to academic working mothers and at the same time privileged their daily experience through the health exposure of other bodies; (c) how academic mothers have criticized and contradicted academic discourses on job flexibility during the pandemic and academia´s continuing demands to maintain neoliberal productivity standards and (d) a possibility of creating collective resistance.Resumo Diante da pandemia, o governo chileno implementou medidas de intervenção de natureza eminentemente sanitária. Esse processo teve sustentação numa série de discursos de controle e disciplina social que apelavam ao autocuidado, à prevenção familiar e à autorresponsabilidade. Por meio da construção de quatro Narrativas de Vida de mães acadêmicas, apresentam-se quatro repertórios interpretativos críticos a respeito disso: (a) um olhar questionador sobre a reprodução de posições neoconservadoras sobre o cuidado e a família tradicional na pandemia; (b) como a ênfase discursiva na matéria sanitária invisibilizou outros problemas que as mães trabalhadoras acadêmicas enfrentavam, e ao mesmo tempo privilegiou sua vivência cotidiana por meio da exposição sanitária de outros corpos; (c) crítica à contradição dos discursos no acadêmico sobre a flexibilização laboral diante da pandemia e da exortação à manutenção dos padrões de produtividade liberal e (d) possibilidade de tecer resistência coletiva.