O mais característico programa lacaniano de leitura da psicanálise - aquele que conclama retornar a Freud - é paradigmaticamente anunciado em 1953 no Discurso de Roma. Nessa conferência capital, a psicanálise é submetida a uma "tradução" baseada em instrumentais bastante específicos, notadamente, nos que provêm das filosofias de Kojève e de Heidegger e da antropologia de Lévi-Strauss. Com uma análise interna desse texto, buscaremos acompanhar alguns componentes desse programa - especialmente os que se relacionam aos temas da oposição fala vazia/fala plena, da intersubjetividade e da ordem simbólica - com o intuito de promover uma aproximação de seu sentido.The most characteristic lacanian program of reading psychoanalysis - the one which claims a return to Freud - is paradigmatically announced in 1953 in the Rome Discourse. In this capital conference, psychoanalysis is submitted to a "translation" based on very specific instruments, mainly those which come from Kojève's and Heidegger's philosophies and from Lévi-Strauss's anthropology. With an internal analysis of this text, we will try to follow some components of this program - specially those related to the opposition empty speech/full speech, the intersubjectivity and the symbolic order - with the purpose of promoting an approaching to its meaning.
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Sales, L. S. (2004). Linguagem no Discurso de Roma: programa de leitura da psicanálise. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(1), 49–58. https://doi.org/10.1590/s0102-37722004000100007
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