Esse artigo tem por objetivo central tratar da questão da formação profissional agrícola. Desde o início do Século XX, o ensino agrícolano Brasil se apresentou como meio de fixação do homem ao campo, isso ficou evidente nos ideários do “ruralismo pedagógico” aindana década de 1920. Mais tarde, inúmeras políticas educacionais voltadas para o meio rural tiveram esse mesmo objetivo. Com o surgi-mento das agroindústrias no Brasil e posterior implantação de políticas voltadas à modernização do setor (Revolução Verde), inúmeras escolas agrotécnicas foram criadas com o objetivo de atender a essa demanda. O capital agroindustrial passou a requerer um profissional que, através da extensão rural, desse conta de levar a modernização aos seus agricultores, fazendo surgir o profissional Técnico em Agropecuária. No entanto, com a reestruturação do capital ocorrido à partir das décadas de 1980-90, são criadas políticas educacionais que redirecionam a lógica da formação profissional; formar para o mercado de trabalho é o objetivo central dessas políticas. Apontamos ainda os reflexos dessas políticas, principalmente para a agricultura familiar e os desdobramentos que se fizeram surgir após o Decreto 5.154/2004, que direciona a formação integral para a Rede Federal de Educação Tecnológica, objetivando uma formação emancipatória.
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Sobral, F. J. (2015). RETROSPECTIVA HISTÓRICA DO ENSINO AGRÍCOLA NO BRASIL. Revista Brasileira Da Educação Profissional e Tecnológica, 2(2), 78–95. https://doi.org/10.15628/rbept.2009.2953
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