O novo rótulo democrático do estatuto político nacional não foi suficiente para afastar a permanência de práticas arbitrárias, contrárias ao sistema de proteção aos direitos do homem. As razões que justificam a continuidade desse quadro repousam em bases institucionais, reunidas num conjunto de condutas e preceitos que configuram o legado autoritário, tendo seu mais notável reflexo revelado no uso letal das polícias. Embora caracterizadas como forças estatais preordenadas à garantia da segurança pública, sofrem os influxos de valores bélicos e sua atuação acaba por prejudicar a consolidação de um regime democrático e de um Estado de Direito efetivo, com todos os seus corolários. Palavras-chave: Legado autoritário. Violência policial. Democracia. Estado de Direito.
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Albuquerque, A. (2017). Transição política e legado autoritário: algumas reflexões acerca da violência policial no Brasil pós-redemocratização. Direito e Desenvolvimento, 2(4), 15–38. https://doi.org/10.26843/direitoedesenvolvimento.v2i4.178
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