Exposição à violência comunitária e familiar e autoavaliação de saúde na população brasileira

  • Andrade A
  • Azeredo C
  • Peres M
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RESUMO: Introdução: Os impactos negativos isolados da violência comunitária e da violência familiar na autoavaliação de saúde (AAS) dos indivíduos são conhecidos, mas existe pouca evidência sobre o efeito combinado desses dois tipos de violência interpessoal. Objetivo: Analisar a associação entre a exposição à violência comunitária/por desconhecidos e à violência familiar/por conhecidos e a AAS negativa, distinguindo o tipo de violência sofrido e também considerando sua exposição cumulativa. Métodos: Estudo epidemiológico de corte transversal desenvolvido com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013. Foram realizados modelos de regressão logística multinominal brutos e ajustados para teste de associação das variáveis. Resultados: Todos os tipos de violência analisados se associaram à AAS negativa. A violência interpessoal comunitária/por desconhecidos isolada esteve associada à AAS como regular (odds ratio - OR=1,38) e ruim (OR = 1,79). A exposição à violência familiar/por conhecidos mostrou-se associada à autoavaliação regular (OR = 1,52) e ruim (OR = 2,70). A exposição concomitante às duas violências mostrou-se associada à avaliação regular (OR = 4,00) e ruim da saúde (OR = 7,81), sendo essa associação de maior magnitude que aquelas para as violências isoladas. Conclusão: O efeito cumulativo da exposição à violência familiar/por conhecido e comunitária/por desconhecido potencializa a avaliação negativa do estado de saúde. Os profissionais de saúde devem estar atentos à polivitimização e ao seu impacto na saúde de vítimas que acessam os serviços de saúde.ABSTRACT: Introduction: The isolated negative impacts of community violence and family violence on individuals’ self-rated health (SRH) are known, but there is little evidence on the combined effect of these two types of interpersonal violence. Objective: To analyze the association between exposure to community violence/by strangers and family violence/by acquaintances and negative SRH, distinguishing the type of violence suffered and also considering its cumulative exposure. Methods: Epidemiological cross-sectional study developed with data from the National Health Survey (PNS) 2013. Crude multinominal logistic regression models were performed and adjusted to test the association of variables. Results: All types of violence analyzed were associated with negative SRH. Isolated community/unknown interpersonal violence was associated with SRH as regular (odds ratio - OR = 1.38) and bad (OR = 1.79). Exposure to family violence/by acquaintances was associated with regular (OR = 1.52) and bad (OR = 2.70) self-assessment. Concomitant exposure to the two types of violence was associated with regular (OR = 4.00) and bad (OR = 7.81) health assessments, with this association being of greater magnitude than those for isolated violence. Conclusion: The cumulative effect of exposure to family/known and community/unknown violence enhances the negative assessment of health status. Health professionals must be aware of the multivitaminization and its impact on the health of victims who access health services.

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Andrade, A. B. de, Azeredo, C. M., & Peres, M. F. T. (2020). Exposição à violência comunitária e familiar e autoavaliação de saúde na população brasileira. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23. https://doi.org/10.1590/1980-549720200039

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