Os últimos quatros anos, no Brasil, foram marcados por profundos retrocessos nas políticas ambientais. Um elemento agravante foi a propagação de informações falsas que visava desinformar sobre os impactos diretos da ação humana na natureza. Nesse contexto, o objetivo geral do trabalho consistiu em compreender de que forma as Fake News, ao negarem as interferências humanas no meio ambiente, tem contribuído para o aceleramento desse processo. Para tal, foi utilizado a metodologia de pesquisa documental e bibliográfica, com o uso de análise de conteúdo sobre as narrativas proferidas pelo presidente da república, entre os anos de 2018 e 2021. Os resultados apontaram que as mensagens anticiência e negacionistas do presidente fomentaram a sustentação política para o esvaziamento do monitoramento e fiscalização no contexto ambiental, bem como para os sucessivos aumentos das queimadas e desmatamentos na Floresta Amazônica. Enquanto conclusões, o trabalho coloca para a área a importância de se considerar os impactos das notícias falsas nas tentativas de se reduzir o Antropoceno, ressaltando, contudo, que a sua dinâmica tem se mostrado mais complexa do que a simples ênfase na carência de alfabetização científica e ambiental
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Pinheiro, D. C. (2022). Quando a Fake News acelera o Antropoceno: O caso da Floresta Amazônica (2018-2021). Liinc Em Revista, 18(1), e5927. https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5927
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