Com o objetivo de avaliar a evolução costeira baseada na distribuição dos foraminíferos bentônicos e nos aspectos sedimentológicos, duas testemunhagens foram realizadas na Laguna de Maricá, Rio de Janeiro. Duas biofácies foram reconhecidas: (i) biofácies Ap-At (Ammonia parkinsoniana - A. tepida) correspondendo à metade inferior de ambos os testemunhos, caracterizada pela abundância de foraminíferos calcário-hialinos, entre os quais destacam-se Ammonia parkinsoniana e A. tepida, associada à intercalação de lama siltosa e lama arenosa com conchas desgastadas e quebradas, sugerindo eventos de ondas de tempestades; e (ii) biofácies Ac-As (Ammotium cassis - A. salsum) compreendendo à metade superior dos testemunhos, caracterizada por espécies aglutinantes, como Ammotium cassis, A. salsum, Trochammina inflata, Miliammina fusca e Ammobaculites spp., associados à lama siltosa e à ocorrência de alguns micromoluscos, indicando uma fase de baixa energia hidrodinâmica. Este registro da distribuição de foraminíferos calcários e aglutinantes relaciona-se principalmente com a dinâmica de abertura e fechamento da barreira arenosa da Laguna de Maricá.
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BRUNO, R. L. M. (2013). Reconstrução paleoambiental da Laguna de Maricá, RJ, com base em foraminíferos bentônicos. Pesquisas Em Geociências, 40(3), 259. https://doi.org/10.22456/1807-9806.43438