O presente trabalho se constitui como uma revisão bibliográfica que objetiva refletir a necessária articulação dos estudos feministas, raciais e decoloniais para a constante (re)construção de uma epistemologia criminológica que busca a compreensão da realidade social brasileira. O pensamento criminológico dominante, bem como a maioria dos outros campos do saber, se demonstra como uma ciência orientada por noções masculinas, de branquidade e eurocêntricas. Dessa forma, buscamos suscitar: i) a assimilação dos discursos positivistas e racistas na criminologia brasileira; ii) as contribuições e impactos das teorias feministas, raciais e decoloniais nas estruturações metodológicas e epistemológicas nesse campo; e iii) aludir as necessárias imbricações das categorias raça, gênero, classe e localização geopolítica interconectadas com a modernidade e a colonialidade. As reflexões expostas neste trabalho permitiram constatar como tais teorias auxiliam a reexaminar premissas e conceitos, bem como a partir da empiria revisitar as teorias até então produzidas, ampliando as percepções da questão criminal.
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Rosa, R. M., & Ribeiro Junior, H. (2020). Raça, gênero e colonialidade: interpretações epistemológicas na produção criminológica crítica brasileira. REVISTA QUAESTIO IURIS, 13(1). https://doi.org/10.12957/rqi.2020.40308
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