Este artigo almeja compreender as alternativas que as mulheres escritoras brasileiras têm encontrado, atualmente, para que seus escritos sejam lidos, conhecidos, alcancem públicos diversos, identificando, também, suas estratégias ao realizar e produzir uma literatura reflexiva, desestabilizadora e provocativa. Uma literatura que anuncia e denuncia de forma independente e autônoma, sem o intermédio de editoras e/ou editais. Assim, lançamos o nosso olhar para 3 movimentos do fazer literário: o primeiro, a antologia literária e fotográfica Profundanças, livro digital de leitura e download livres, a poética no ciberespaço. O segundo sobre a coalizão de mulheres feministas, escritoras, poetas, intitulado Movimento Respeita!. Nascido a partir de um manifesto feito nas redes e nas ruas. O terceiro, por meio de uma perspectiva diacrônica- pois será por meio de um artigo publicado em 2015 no qual tivemos acesso e conhecimento do trabalho poético e político da mulher e poeta- veremos o fazer literário da escritora Ângela Toledo, fluminense erradicada na Bahia, que grafitava seus poemas nos muros da cidade baiana turística Morro de São Paulo. Para tais análises utilizaremos a ACD acompanhada da Crítica Feminista, tratando também sobre às “escritas de si” colocando a literatura como um território contestado pela presença dessas mulheres escritoras. AMORMINO, Luciana. Identidade e memória: um olhar a partir dos estudos culturais. Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação Universidade Federal de Juiz de Fora / UFJFVol.1, n. 2, Dezembro 2007, em: www.ppgcomufjf.bem-vindo.net/luminaBARBOSA, Adriana Maria de Abreu. Ficções do Feminino. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2011._______. GRAFITES POEMAS DE ANGÊLA. Caminhos da violência em busca da visão compartilhada: interpretação e comentários de textos de autoria feminina. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015.BRITTO, Milena. Afetar a cena literária: política, afinidade, estratégias e autogestão entre os autores contemporâneos. In: AZEVEDO, Luciene; PEREIRA, Antonio Marcos. (org.) Palavras da crítica contemporânea. Salvador: Boto-cor-de-rosa livros, arte e café/paralelo13S, 2017.DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea, um território contestado. Vinhedo, Editora Horizonte, 2012._______. EBLE, Letícia Jensen. Literatura e exclusão. Porto Alegre: Zouk, 2017._______. DALCASTAGNE, Regina; LICARÃO, Bertoni; NAKAGOME, Patricia. Literatura e resistência. Porto Alegre: Zouk, 2018.DUARTE, Constância Lima Duarte; CORTÊS, Cristiane e PEREIRA, Maria do Rosário A. (Org.) Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Malê edições, 2016.DIJK, Teun A. van. Discurso e poder. 2. ed., São Paulo: Contexto, 2017.FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: UnB, 2001.GALDINO, Daniele (org.). Profundanças: antologia literária e fotográfica. Ipiáu: Voo Audiovisual, 2014._______. Profundanças 2. Ipiaú: Voo Audiovisual, 2017.HOLLANDA, Heloísa Buarque (Org). Tendências e impasses. Feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994._______. Explosão Feminista: Arte, Cultura, Política e Universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018._______. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.RESPEITA!, Movimento. Zine são nossas notícias que daremos, Goiânia, 2019GÓIS, Edma de.; LUNA, Danielle de. Literatura e ativismos para segurar o mundo. Revista Suplemento Pernambucano, n. 153. Editora CEPE: Pernambuco, 2018.
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Santos, A. S., & Barbosa, A. M. D. A. (2020). LITERATURA E RE-EXISTÊNCIA: POSSIBILIDADES DO FAZER LITERÁRIO COMO INSTRUMENTO DE AÇÃO E MUDANÇA SOCIAL. Fólio - Revista de Letras, 12(1). https://doi.org/10.22481/folio.v12i1.6176
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