Prática de atividades físicas e fatores associados em adultos, Brasil, 2006

  • Florindo A
  • Hallal P
  • Moura E
  • et al.
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Abstract

OBJETIVO: Estimar a prevalência da prática de atividades físicas por adultos e sua associação com fatores sociodemográficos e ambientais. MÉTODOS: Foram utilizados dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico coletados em 2006. Os 54.369 adultos entrevistados residiam em domicílios com linha telefônica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal. A prática de atividades físicas foi considerada nos domínios do lazer, trabalho, atividade doméstica e deslocamento. As variáveis estudadas incluíram características sociodemográficas dos indivíduos e ambientais das cidades; a associação com as atividades físicas foi analisada segundo sexo. RESULTADOS: As proporções de indivíduos ativos foram de 14,8% no lazer, 38,2% no trabalho, 11,7% no deslocamento e 48,5% nas atividades domésticas. Índices superiores a 60% de inativos no lazer foram observados em dez capitais. Os homens foram mais ativos que as mulheres em todos os domínios, exceto nas atividades domésticas. A proporção de indivíduos ativos decresceu com o aumento da idade. A escolaridade associou-se diretamente com a atividade física no lazer. Os homens ativos no deslocamento tiveram maior chance de ser ativos no lazer, enquanto que as pessoas inativas no trabalho tiveram maior chance de serem ativas no lazer. A existência de local para praticar atividades físicas próximo à residência associou-se à atividade física no lazer. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos são importantes para o monitoramento dos níveis de atividades físicas no Brasil. Para a promoção das atividades físicas, deve-se considerar as diferenças entre homens e mulheres, as diferenças nas faixas etárias e nos níveis de escolaridade. Deve-se investir principalmente na promoção das atividades físicas no lazer e como forma de deslocamento e em locais adequados para a prática próximos às residências.OBJECTIVE: To estimate the prevalence of physical activity practice in adults and its association with sociodemographic and environmental factors. METHODS: Data from the Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL - Telephone-based Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases) were collected in 2006. All the 54,369 adults interviewed lived in households with a fixed telephone line, in the Brazilian state capitals and Federal District. Physical activity practice was considered in the leisure-time, occupational, transportation and household domains. Variables studied included sociodemographic characteristics of individuals and environmental characteristics of cities. Association with physical activities was analyzed according to sex. RESULTS: Proportions of active individuals were 14.8% for leisure time, 38.2% for occupation, 11.7% for transportation, and 48.5% for household chores. Indices above 60% of inactive individuals in the leisure-time domain were observed in ten capitals. Men were more active than women in all domains, except for household chores. The proportion of active individuals decreased with age. Level of education was directly associated with physical activity in leisure time. Active men in the transportation domain were more likely to be active in their leisure time, while inactive people in the occupational domain were more likely to be active in their leisure time. The existence of places to perform physical activities near the home was associated with physical activity in leisure time. CONCLUSIONS: Results obtained are important to monitor physical activity levels in Brazil. Differences between men and women and those in age groups and levels of education must be considered to promote physical activities. Promotion of physical activities in the leisure and transportation domains and in places that are adequate for physical activity practice and near the home should be encouraged.OBJETIVO: Estimar la prevalencia de la práctica de actividades físicas por adultos y su asociación con factores sociodemográficos y ambientales. MÉTODOS: Fueron utilizados datos del Sistema de Vigilancia de Factores de Riesgo y Protección para Enfermedades Crónicas por Pesquisa Telefónica colectados en 2006. Los 54.369 adultos entrevistados residían en domicilios con línea telefónica fija en las capitales brasileras y Distrito Federal. La práctica de actividades físicas fue considerada en los dominios del ocio, trabajo, actividad doméstica y desplazamiento. Las variables estudiadas incluyeron características sociodemográficas de los individuos y ambientales de las ciudades; la asociación con las actividades físicas fue analizada según sexo. RESULTADOS: Las proporciones de individuos activos fueron de 14,8% en el ocio, 38,2% en el trabajo, 11,7% en el desplazamiento y 48,5% en las actividades domésticas. Índices superiores a 60% de inactivos en el ocio fueron observados en diez capitales. Los hombres fueron más activos que las mujeres en todos los dominios, excepto en las actividades domésticas. La proporción de individuos activos disminuyó con el aumento de la edad. La escolaridad se asoció directamente con la actividad física en el ocio. Los hombres activos en el desplazamiento tuvieron mayor chance de ser activos en el ocio, mientras que las personas inactivas en el trabajo tuvieron mayor chance de ser activas en el ocio. La existencia de local para practicar actividades físicas próximo a la residencia se asoció a la actividad física en el ocio. CONCLUSIONES: Los resultados obtenidos son importantes para el monitoreo de los niveles de actividades físicas en Brasil. Para la promoción de las actividades físicas, se debe considerar las diferencias entre hombres y mujeres, las diferencias en los grupos etarios y en los niveles de escolaridad. Se debe invertir principalmente en la promoción de las actividades físicas en el ocio y como forma de desplazamiento y en locales adecuados para la práctica próximos a las residencias.

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Florindo, A. A., Hallal, P. C., Moura, E. C. de, & Malta, D. C. (2009). Prática de atividades físicas e fatores associados em adultos, Brasil, 2006. Revista de Saúde Pública, 43(suppl 2), 65–73. https://doi.org/10.1590/s0034-89102009000900009

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