As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Licenciatura em Pedagogia não impõem necessariamente a inclusão de uma disciplina específica para a Educação Ambiental, mas apontam que os cursos devem formar seus alunos para a consciência da diversidade de natureza ambiental-ecológica. Assim, objetivamos através de uma revisão bibliográfica, dialogar sobre a Educação Ambiental na formação inicial em Pedagogia, com base na Pedagogia Histórico-crítica, ressaltando a importância do processo de escolha do conteúdo existente no currículo para uma possível prática mais humanizada no exercício do magistério. Sobre o crivo dessa teoria, a formação de professores em Educação Ambiental tem alicerce no referencial teórico da dialética marxista, como forma de entendimento da realidade objetiva, o que proporciona compreender a totalidade que envolve a relação homem-natureza. O pensamento marxista visa contribuir para a emancipação humana, o que deve ocorrer sem negar os conteúdos da própria realidade do aluno; e dentre os conteúdos indispensáveis a esse intento, encontra-se o de enfoque ambiental. A Educação Ambiental crítica e emancipatória idealiza a formação de um sujeito ecológico, capaz de encarar os problemas socioambientais, resultados de uma crise ambiental insustentável. Nesse sentido, o presente artigo busca contribuir para a reflexão de que é imprescindível que ocorra a inclusão da temática socioambiental na formação de professores no Brasil, para que haja discussão desse assunto em seus aspectos históricos, políticos, ideológicos, sociais e econômicos, almejando que os professores ali formados sejam capacitados para dialogar sobre o assunto no ambiente escolar.
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SANTOS, L. D., SUDBRACK, E. M., & Sousa, C. E. B. de. (2019). FORMAÇÃO INICIAL EM PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA ABORDAGEM HISTÓRICO-CRÍTICA DO CURRÍCULO. Educação, Ciência e Cultura, 24(2), 121. https://doi.org/10.18316/recc.v24i2.4496
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