Introdução. Internacionalmente tem-se assistido à extensão da oferta formativa de cursos de Medicina de menor duração a candidatos detentores de um grau acadêmico superior prévio. Este estudo de caso procura compreender a experiência dos estudantes licenciados nestes cursos, a fim de identificar fatores que condicionem a sua formação durante o inicio da aprendizagem clínica em contexto hospitalar. Sujeitos e métodos. Os participantes são estudantes licenciados do curso de medicina da Universidade do Minho em Portugal (n = 5) que atravessam a transição entre a fase pré-clínica e a fase clínica do curso. No final da primeira unidade curricular clínica realizou-se um grupo de discussão. Os transcritos foram analisados segundo os princípios de Grounded-Theory. Resultados. Os participantes relataram facilidade no contacto com os pacientes e utilização de competências de estudo durante a aprendizagem. Apontaram como dificuldades principais o primeiro contacto com a morte e a doença no meio hospitalar, a quantidade de conhecimentos a adquirir na antes de iniciarem a formação clínica e a transferência dos mesmos para a prática clínica. Conclusões. Este estudo de caso revelou que as principais dificuldades dos estudantes licenciados se relacionavam com lidar com pacientes e com a mobilização para a prática da grande quantidade de conteúdo aprendido na fase pré-clínica. Estas dificuldades poderão ser minoradas pela inclusão de maior contacto com pacientes e com a prática clínica na fase pré-clínica (AU)
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Henriques, L., Salgueira, A., Sousa, N., & Costa, M. J. (2014). A experiência de transição para a fase clínica de alunos de medicina detentores de grau prévio: um estudo de caso. FEM: Revista de La Fundación Educación Médica, 17(2), 105–113. https://doi.org/10.4321/s2014-98322014000200008
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