O estudo teve como objetivo identificar fatores desencadeantes, comprometimentos clínicos e/ou neurológicos de pacientes admitidos em um hospital público municipal. Optou-se pela abordagem quantitativa, retrospectiva de natureza documental, investigando uma amostra de 1.205 pacientes admitidos entre janeiro e dezembro de 2006. A coleta de dados deu-se com base em um formulário semiestruturado e estes foram organizados, codificados e analisados no Epi-Info. Os resultados evidenciaram a prevalência do sexo masculino (80,2%), faixa etária entre 15 e 24 anos (23,2%), procedência do interior (50,4%), o acidente de trânsito (60,2%) como principais responsáveis pelo TCE, ocorrendo em via pública (45,1%), nos horários de 12 as 18 (34,3%) e aos domingos (24,9%). Nestas casuísticas, o socorro foi realizado por leigos em 70,9%, o tempo resposta para o atendimento foi superior a 3 horas em 39,4%, e 53,4% permaneceram inconscientes após o acidente. O tempo de permanência hospitalar foi menor que 24 horas em 25,6% dos casos, a alta melhorada ocorreu em 85,6% dessas admissões. O trabalho reafirma as ocorrências de acidentes de trânsito como a maior causa dos atendimentos/internações no setor saúde. Aproximar-se da epidemiologia desse grave problema é imprescindível para a reformulação de políticas públicas com enfoque preventivo e educativo.
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Barbosa, I. L., Andrade, L. M. de, Caetano, J. A., De Lima, M. A., Vieira, L. J. E. de S., & Lira, S. V. G. (2011). FATORES DESENCADEANTES AO TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO EM UM HOSPITAL DE EMERGÊNCIA MUNICIPAL. Revista Baiana de Saúde Pública, 34(2), 240. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2010.v34.n2.a31
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