Objetivos: classificar pacientes chagásicos com a forma digestiva da doença associando com variáveis demográficas, clínicas e de utilização de serviços de saúde, além de analisar as possibilidades de atuação da Atenção Primária à Saúde (APS) no manejo e acompanhamento dos casos. Casuística e métodos: estudo transversal com base em dados secundários provenientes de prontuários. Foram utilizadas as classificações do megaesôfago e do megacólon propostas por Rezende (1982) e Silva (2013), respectivamente. Resultados: Foram analisados 156 prontuários, sendo 94 (60,2%) relativos a megaesôfagos, 29 (18,6%) a megacólons e 29 (18,6%) a ambas as formas clínicas. O maior número de internações (p=0,02; OR=3,71) e de dias internados (p<0,01; OR=3,30) foi associado aos pacientes classificados nos grupos III e IV de megaesôfago. Em relação ao sexo masculino (p=0,02), o maior número de internações (p<0,0001) e de dias internados (p<0,0001) foi associado aos pacientes classificados no grau III de megacólon. Conclusões: Concluiu-se que a APS possui papel importante na diminuição da sobrecarga dos serviços de média e alta complexidade com o acompanhamento dos casos estáveis e menos graves e que a melhoria da qualidade de vida dos pacientes chagásicos é um efeito direto que pode ser esperado do protagonismo da APS neste cuidado.
CITATION STYLE
Limongi, J. E., Peres, T. A. F., Lima, G. L. R., Soares, L. C., Gomes, D. C., Del Prado, I. G. N., & De Oliveira, S. V. (2022). Megaesôfago e megacólon na Doença de Chagas: classificação de casos e possibilidades de atuação da Atenção Primária à Saúde. Revista de APS, 24. https://doi.org/10.34019/1809-8363.2021.v24.34983
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.