Considerada uma deficiência funcional de ampla complexidade de sistematização dos sintomas e diagnósticos diferenciais, as disfunções temporomandibulares têm maior prevalência no gênero feminino, variando a faixa etária dos 18 aos 45 anos de idade. Pode estar associada a fatores dentários e/ou faciais, os quais se relacionam com o aparelho estomatognático. É imprescindível a anamnese criteriosa e avaliação física amiudada do sistema manducatório (sistema postural que integra músculos mastigatórios e cervicais) – campo multidisciplinar da odontologia, fonoaudiologia, otorrinolaringologia, neurologia e fisioterapia – para adequada propedêutica e assim, correto diagnóstico e precisa abordagem terapêutica do paciente. Este trabalho apresenta um relato de caso de paciente portadora de Disfunção Temporomandibular com alterações cocleares, diagnosticada, conduzida, tratada e evoluída em disciplina clínica de Estomatologia da Universidade do Estado do Amazonas. A problematização do caso, suas resoluções, e o compartilhamento dessas informações corroboram de modo considerável no aspecto clínico e científico, possibilitando ampliar o reconhecimento das diversas situações possíveis no atendimento aos pacientes com este quadro. Assim, as relações profissional-paciente e a multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos ganham crescente relevância.Descritores: Orelha Média; Sistema Estomatognático; Dor de Orelha; Cefaleia.ReferênciasMiraglia SS, Nogueira RP, Monazzi MS, Soares FAV. Principais Problemas da ATM. Guia prático de orientação diagnóstica para o clínico geral. Rev Bras Prot Clin Lab. 2001;3(14):271-77.Matta MAP, Honorato DC. Uma abordagem fisioterapêutica nas desordens temporomandibulares: estudo retrospectivo. Fisioter Pesq. 2003;10(2):77-83.Pereira KNF, Andrade LLS, Costa ML, Portal TF. Sinais e sintomas de pacientes com disfunção temporomandibular. Rev CEFAC. 2005;7(2):221-28.Seedorf H, Jude HD. 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Soares, P. G., & Cabral, L. N. (2020). Disfunção temporomandibular associada à cocleopatia: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(12). https://doi.org/10.21270/archi.v8i12.4651
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