RESISTÊNCIA

  • Paula A
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Abstract

O presente artigo, trata de um estudo qualitativo e quantitativo que objetiva investigar, organizar, atualizar e expandir o conhecimento sobre a temática gênero, sexualidade e educação infantil. Visa-se através desta pesquisa, compreender como se deu o processo de inserção e de permanência do docente do gênero masculino na educação infantil. Consideramos nesta pesquisa, que a escola e no caso específico do segmento da educação infantil, é tido como um ambiente historicamente dominado por docentes do gênero feminino e consequentemente hostil ao docente do gênero masculino. Uma vez que eles refletem em micro escala os mecanismos de exclusão enraizados na sociedade. Dessa forma, caracteriza-se como um local de violência e assume um papel diferente do que lhe cabe. Assim, verificaremos as trajetórias profissionais dos docentes, compreendendo as razões que os levaram a decidir por essa área predominantemente feminina do magistério. Na pesquisa, como já colocado, empregamos uma metodologia que permitiu a análise qualitativa e quantitativa como caminho para a análise da trajetória de 11 docentes do gênero masculino que atuam ou atuaram na educação infantil, em escolas no estado do Rio de Janeiro. A metodologia escolhida, contribuiu para o exame do cotidiano vivido por cada um dos professores pesquisados, na tentativa de responder as questões iniciais de acordo com o relato da vivência e experiência de cada participante. Assim, utilizamos o estudo de caso como estratégia para analisar tais relatos, qualitativo e coleta de dados através dos formulários, quantitativo. Devido a pandemia Covid 19, impedidos de mantermos contatos presenciais, nossa coleta de dados foi realizada por meio de ferramentas disponíveis na internet, o Google Form. Dentre os diversos instrumentos de coleta de dados, fizemos uso do questionário. Dessa forma, foram aplicados 2 (dois) questionários através da Plataforma Googleform com questões fechadas e abertas realizadas com os docentes do gênero masculino por meio do compartilhamento de link do formulário pelas redes sociais Whatsapp, Facebook e por e-mail. Lançamos mão da técnica de reenvio e recompartilhamento do questionário feita pelos componentes dos grupos nas redes sociais denominada bola de neve (snowballsampling). Destacou-se que as escolas em que os docentes atuaram, são ambientes agressivos aos que não se enquadram às normas hetecisronormativas estabelecidas e construídas socialmente, principalmente quando o grupo é do gênero masculino. Caracterizando-se assim, que os resultados encontrados confirmam com a afirmação de que a escola é um ambiente LGBTfóbico e discriminatória quanto às questões de gênero e sexualidade. Concluímos que a principal forma de entrada e permanência dos docentes do gênero masculino na educação infantil é a aprovação e posse nos concursos públicos, portanto a busca pela estabilidade é um fator importante. Embora entendemos que a violência referida não tenha origem no espaço escolar, é necessário construir uma educação infantil com equidade de gênero onde os homens sejam incluídos nesse segmento, como as experiências de nossos entrevistados demonstraram.

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Paula, A. de. (2024). RESISTÊNCIA. In II SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS (Vol. 2, pp. 01–02). CEEINTER. https://doi.org/10.56579/sedh.v2i1.1216

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