OBJETIVO: Realizar revisão sobre os principais aspectos do desenvolvimento imunológico fetal, salientando a defesa de prematuros extremos contra patógenos bacterianos e descrevendo a situação atual de intervenções imunoterapêuticas para a prevenção de sepse hospitalar. FONTES DOS DADOS: Obtiveram-se, por meio de busca eletrônica, no banco de dados MEDLINE, artigos publicados nos últimos 15 anos referentes ao tema, e foram selecionados aqueles que trouxessem informações relevantes. SÍNTESE DOS DADOS: A imunidade de prematuros extremos é deficiente devido à fragilidade da pele, à carência dos produtos de ativação do sistema complemento, ao menor pool de reserva de precursores de neutrófilos na medula óssea e à quimiotaxia, aderência, deformabilidade e atividade enzimática neutrofílicas reduzidas. Limitações adicionais são detectadas na citotoxicidade de células NK, na proliferação e produção de citocinas dos linfócitos T, na cooperação entre células T e B e na síntese de anticorpos pelos linfócitos B. Ainda não foram demonstrados benefícios definitivos de intervenções para incremento da função imunológica dessas crianças, tais como o uso de imunoglobulinas endovenosas e de fatores estimuladores de colônias mielóides. CONCLUSÃO: Em conseqüência à imaturidade de diversos componentes da imunidade, prematuros extremos são altamente suscetíveis a infecções nosocomiais. As possibilidades ainda muito limitadas para a intervenção nesse sistema fazem com que o controle dos fatores extrínsecos sejam essenciais para a prevenção da sepse nosocomial nessas crianças.
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Mussi-Pinhata, M. M., & Rego, M. A. C. (2005). Particularidades imunológicas do pré-termo extremo: um desafio para a prevenção da sepse hospitalar. Jornal de Pediatria, 81(1), S59–S68. https://doi.org/10.1590/s0021-75572005000200008
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