Trata-se de pesquisa bibliográfica sobre a recorrência do processo de naturalização como alicerce da medicalização do corpo feminino. Este processo institui uma forma de controle social com base na reprodução biológica, em que padrões de comportamento e diferenças de classe social, raça/etnia são ordenados/redescritos. Assim, se mantém a hegemonia masculina, patriarcal e de classe, e se aprofundam as desigualdades sociais e de gênero. Destaca-se a importância do desenvolvimento e da complexidade da tecnologia - que afastam as classes populares das tomadas de decisão sobre o próprio corpo e a saúde reprodutiva - e da escola sobretudo, em aulas de ciências e educação física para manter e perpetuar a hegemonia burguesa.El presente estudio pretende discutir, por medio de investigación bibliográfica, la recurrencia del proceso de naturalización como fundamento de la medicalización del cuerpo femenino. Este proceso instituye una forma de control social con base en la reproducción biológica, en que patrones de comportamiento y diferencias de clase social, de raza/ etnia son ordenados/ redescriptos. Así se mantiene la hegemonía masculina, patriarcal y de clase y se aumentan las desigualdades sociales y de género. Se destaca la importancia del desarrollo y de la complejidad de la tecnología - que distancian a las clases populares de las tomas de decisión sobre el propio cuerpo y la salud reproductiva - y de la escuela - sobre todo en las clases de ciencias y educación física - para mantener y perpetuar la hegemonía burguesa.This study discusses, through bibliographic research, the recurrence of naturalization as the basis for medicalization of the female body, as a means of social control through biological reproduction, whereby behavioral standards, social class, ethnic and race differences are rearranged/redefined. Through this process male, patriarchal and class predominance is maintained and the rift of social and gender inequalities grow wider. It is important to identify the role of technological developments and its complexities - which do not allow lower-income classes to take decisions in regard to their own bodies and reproductive health - and schooling specially through science and physical education classes whereby upper-class predominance is sustained.
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Costa, T., Stotz, E. N., Grynszpan, D., & Souza, M. do C. B. de. (2006). Naturalização e medicalização do corpo feminino: o controle social por meio da reprodução. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 10(20), 363–380. https://doi.org/10.1590/s1414-32832006000200007
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