Este é um estudo qualitativo realizado numa cidade do interior mineiro, com objetivo de apresentar perspectivas de influenciadoras digitais sobre corpo feminino e os significados que transmitem, abordando criticamente possíveis relações entre corpo, mídia e saúde. Foram consideradas imagens e legendas no período de julho a dezembro de 2018 do Instagram de duas influenciadoras digitais: uma fitness e outra plus size. Os dados foram analisados pela análise de conteúdo. Três categorias emergiram: Diferenças entre os perfis; Semelhanças entre os perfis; e, Postagens e suas influências na vida cotidiana: saúde versus doença. Observou-se semelhanças e diferenças entre ambos perfis, compreendendo aspectos relacionados ao corpo e mídia e tecendo reflexões sobre saúde. Tais aspectos demonstraram que apesar do aumento de perfis evidenciando modelos de corpos identificáveis para a maioria das mulheres, o bombardeamento de imagens reforça padrões de beleza magros, que assim definidos aprisionam e adoecem o público feminino, extremamente afetado por baixa autoestima e percepção corporal distorcida, fatores esses que predispõem transtornos alimentares. São urgentes ações educativas em saúde, que considerem a mídia e corpo como fatores relacionáveis, bem como possíveis causadores e mantenedores de transtornos alimentares.
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Lima, G. C. J. de, & Silva, L. M. D. (2021). Relações entre corpo, mídia e saúde mental: significações de corpos midiatizados no Instagram. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde No Contexto Social, 9, 786. https://doi.org/10.18554/refacs.v9i0.5656
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