O objectivo deste estudo foi compreender a experiência vivida de sentir-se respeitada durante o trabalho de parto no hospital. As participantes foram 32 mães que experienciaram a vivência no período de Janeiro de 2006 a Julho de 2007. A recolha de dados foi obtida por entrevista fenomenológica. A análise qualitativa dos depoimentos, sob uma abordagem fenomenológica, seguiu o método proposto por Amedeo Giorgi. Foram identificados quatro temas principais: paradoxos e aparentes enganos: ser e não ser existencialmente respeitada; cuidar/cuidado; partilha do poder e o tempo do processo. Os achados foram discutidos face à literatura utilizada no referencial teórico, que aborda algumas ideias de Martin Heidegger, bem como de outros autores que se fundamentaram nele. O estudo possibilitou compreender alguns aspectos do existir dessas mães nas relações estabelecidas com os profissionais de saúde, apreendendo os significados atribuídos por elas à experiência de sentir-se respeitadas e às repercussões dessa realidade nas suas vidas e na vida de suas famílias. * Este artigo tem por base a tese de doutoramento realizado no contexto do Programa de Doutoramento em Enfermagem, apresentada em Março de 2010, na Universidade de Lisboa.
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Ramalho, A. (2010). A experiência de sentir-se respeitada durante o trabalho de parto no hospital. Pensar Enfermagem - Revista Científica | Journal of Nursing, 14(1), 9–23. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v14i1.35
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