A urbanização e o desenvolvimento da economia brasileira não tem sido suficientes para absorver e manter no mercado formal de trabalho uma parcela significativa da população. A crise social tem levado muitas pessoas a buscarem como forma de sobrevivência a catação de resíduos. Este trabalho busca traçar um perfil das cooperativas de reciclagem e dos catadores de resíduos à luz da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável. Subsidia uma reflexão sobre a importância destas organizações e de seus profissionais. A pesquisa mostra que a região Metropolitana é a que concentra maior número de cooperativas e de catadores no estado. No entanto, é a região Sul Fluminense em que os catadores conseguem maiores ganhos mensais. A maioria dos catadores são homens com idade de 25 a 45 anos e com o ensino fundamental incompleto. Reconhecem que contribuem para a problemática ambiental da sociedade e encontram na atividade de catar resíduos, uma forma de se reintegrarem na sociedade. Os resultados deste trabalho devem ser utilizados para desencadear reflexões, ampliar as discussões e mover ações de gestores públicos, visando melhorar as condições de trabalho destes profissionais, que são recursos humanos fundamentais para a gestão da sustentabilidade, minimizando os riscos à saúde e reduzir os prejuízos que os referidos materiais provocam para o meio ambiente.
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Esteves, R. A. (2015). A indústria do resíduo: perfil das cooperativas de reciclagem e dos catadores de resíduos no estado do Rio de Janeiro. Revista Monografias Ambientais, 14(2), 86–99. https://doi.org/10.5902/2236130817913
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