Introdução: Segundo vários autores, a hipertrofia discreta do clitóris está presente em 25% das mulheres. Quando o volume passa a incomodar no ato sexual, acompanhado ou não de distúrbios psicológicos, as pacientes buscam inicialmente ajuda de ginecologistas ou endocrinologistas e não raramente são encaminhadas à cirurgia plástica para a resolução dos problemas. Método: Nossa experiência é baseada em 9 pacientes, durante 15 anos, portadoras de genitália ambígua, submetidas a tratamento cirúrgico. Foram selecionados 3 casos para ilustrar os resultados obtidos com a técnica. Duas pacientes com hipertrofia clitoriana do tipo II de Prader foram selecionadas; uma de origem adquirida na idade adulta, e outra de origem possivelmente congênita. A terceira paciente apresentava anomalias sexuais múltiplas, de origem congênita: agenesia de vagina, hipertrofia clitoriana, presença de ovários e testículos atrofiados, pseudo-hermafroditismo feminino, catalogada como tipo V de Prader. Todos os três pacientes foram submetidas a redução do clitóris pela dissecção da cobertura músculo-cutânea (desenluvamento) e sepultamento do corpo clitoriano por sutura. Resultados: Os procedimentos cirúrgicos realizados preservaram a estética e a sensibilidade, com redução das dimensões do clitóris. Conclusão: Os procedimentos apresentam relativa simplicidade, porém dentro de critérios cirúrgicos buscando a preservação das funções e da anatomia da genitália externa.
CITATION STYLE
Sperli, A. E., Freitas, J. O. G. D., & Andrade Mello, A. C. D. (2011). Tratamento cirúrgico da hipertrofia clitoriana. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Impresso), 26(2), 314–320. https://doi.org/10.1590/s1983-51752011000200021
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.