A Siedlung é um assentamento habitacional construído na década entre 1925 e 1931 que possibilita novas formas de expansão urbana em Frankfurt. Sob o ideário da cidade-jardim como meio de difusão da cidade no campo, as Siedlungen são construídas em áreas residenciais de baixa densidade entremeadas com áreas verdes e bosques. Mediante a análise e a identificação das qualidades urbanas entre a cidade tradicional, enquanto forma urbana homogênea, abrangente e fechada,contraposta a cidade industrial, enquanto forma heterogênea, indefinida, e fragmentada, os arquitetos alemães desenvolvem na Siedlung distintas formas de racionalização urbana em resposta ao crescimento de Frankfurt. Do desenho da casa à cidade, a Siedlung em Frankfurt exemplifica as tentativas mais importantes de racionalização da cidade industrial. A racionalização do projeto e os meios tecnológicos constituem um saber-projetar e um saber-fazer indissociáveis, definindo-se na produção e expressão arquitetônica novos parâmetros qualitativos e quantitativos, com a construção de 15 mil unidades habitacionais. O potencial dos meios de produção possibilitou o trato de problemas urbanos em distintas escalas de intervenção, conferindo ao arquiteto o papel de agente de grandes transformações urbanas. O plano diretor de Frankfurt coordenado por Ernst May introduz a descentralização e a zonificação à escala metropolitana, sob processos de intervenção em que questões de âmbito urbano geral e particular são tratados em planos setoriais, sob intervenções específicas a cada área urbana.
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Zapatel, J. A. (2017). Das neue Frankfurt. PosFAUUSP, 24(42), 64–73. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v24i42p64-73
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