Este trabalho apresenta uma reflexão acerca dos valores atribuídos à paisagem dos rios e manguezais da cidade do Recife, aqui representados pelo rio Capibaribe e pelo Manguezal do Pina, da interpretação dos significados evocados por grupos humanos que vivenciam e mantêm relação direta ou indiretamente com esses ambientes. Busca-se desenvolver subsídios para a construção de instrumentos de avaliação da conservação patrimonial como diretrizes norteadoras de políticas públicas de proteção do patrimônio natural e cultural. Parte-se do pressuposto que o meio ambiente é constituído por bens naturais e culturais, que se expressa na paisagem. Compreendendo que o sítio natural tem papel fundamental na formação fisiográfica, estruturação urbana e no uso e ocupação da cidade, constitui-se como marco patrimonial representativo da identidade sociocultural de sua paisagem. As paisagens podem ser interpretadas no tempo e no espaço de formas distintas, ao serem representadas segundo os valores atribuídos pelos olhares e pelas percepções, formados dentro de contextos socioeconômicos e culturais específicos. Na análise, adotou-se como fundamentação teórica a abordagem da paisagem cultural sob a ótica da Nova Geografia Cultural, e como resultados identificaram-se diferentes valores obtidos a partir da interpretação das representações dos grupos humanos investigados.
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Bezerra, O. G., & Melo, V. L. M. de O. (2014). Valores da paisagem: os significados dos rios e manguezais da cidade do Recife. Paisagem e Ambiente, (34), 95. https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i34p95-106
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