Objetivo : Verificar a associação entre fatores de risco e ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) com a insegurança alimentar grave (IAG) no Distrito Federal. Método : Trata-se de um estudo transversal, realizado com a população adulta do Distrito Federal. Os dados foram coletados por meio de questionário, que englobava perguntas socioeconômicas, consumo protetor e de risco para DCNT, ocorrência de DCNT e segurança alimentar aferida pela Escala Brasileira de Insegurança alimentar. A amostragem foi sistematizada por cotas, segundo renda e situação de IAG e segurança alimentar (SA). E composta por 324 adultos, dos quais 74,1% tinham segurança alimentar e 25,9% insegurança alimentar grave. Resultados : Os resultados apontam uma associação positiva de IAG com doença cardiovascular (DCV) (OR:1,79), consumo de excesso de gordura provenientes de carnes vermelhas e pele de frango e maior risco de obesidade (OR: 2,21). Essa associação passa a ser negativa com consumo de alimentos protetores contra DCNT, como feijão (OR:0,47), frutas (OR:0,19) e hortaliças (OR:0,44). Indivíduos com IAG têm também menor chance de praticarem atividade física se comparados aos com SA (OR:0,45). Conclusão : Este estudo evidencia uma associação da IAG com DCV e maior prevalência de fatores de risco para DCNT. Esses achados são importantes para auxiliar no planejamento de políticas públicas de combate à fome, que devem ter como foco a promoção da saúde e redução da ocorrência de DCNT em população com IAG. DOI: 10.12957/demetra.2016.19730
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Santos, A. L. B. dos, Gubert, M. B., & Deus, A. C. S. de. (2016). A INSEGURANÇA ALIMENTAR GRAVE ESTÁ ASSOCIADA A FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E DOENÇA CARDIOVASCULAR NO DISTRITO FEDERAL. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 11(4). https://doi.org/10.12957/demetra.2016.19730
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