O texto busca analisar a desigualdade social no Brasil por meio do processo de espacialização dessa mesma desigualdade, nesse sentido, arranha as margens do que se convencionou chamar de modelo de urbanização brasileiro e de como esse mesmo modelo produziu metrópoles gentrificadas e excludentes. Assim, nesse artigo discute-se a exclusão urbana brasileira por meio da consolidação de espaços periféricos, ou, de modo mais genérico, de periferias. O texto em tela é resultado de pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal Fluminense em nível de mestrado. Em tal estudo, procurou-se compreender a gênese de um loteamento urbano, localizado no Município de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro, denominado Jardim Catarina, para entender quais as problemáticas socioespaciais que lhe deram origem. Nesse sentido, essa análise torna-se consubstancial para o entendimento das desigualdades sociais e espaciais no Brasil, bem como o papel do Estado como gestor do ordenamento socioespacial do território e principal agente na solução de tais problemas. Espera-se que, com a materialização de um estudo de maior monta, em relação ao qual esse artigo é só um micro trabalho, fiquem evidentes subsídios que contribuam para o arranjo e a cristalização de políticas públicas que deem conta das desigualdades sociais e sirvam para alavancar um país com cidades mais justas e igualitárias.
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Silva Guimarães, L. da. (2016). O modelo de urbanização brasileiro: notas gerais. GeoTextos, 12(1), 13. https://doi.org/10.9771/1984-5537geo.v12i1.14084
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