Fatores associados ao sofrimento psíquico de agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro, Brasil

  • Bezerra C
  • Assis S
  • Constantino P
  • et al.
N/ACitations
Citations of this article
11Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Resumo Objetivos: analisar o sofrimento psíquico de agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro e apontar os fatores a ele associados no âmbito social, destacando o ambiente de trabalho. Métodos: estudo quantitativo e qualitativo. As unidades prisionais foram selecionadas por meio da amostragem estratificada. Utilizou-se a escala de sofrimento psíquico Self-Reported Questionnaire (SRQ20) e uma escala de apoio social. Variáveis explicativas foram relacionadas tanto ao perfil profissional como aos fatores de âmbito social e do trabalho e foram utilizados modelos de regressão logística (stepwise). Resultados: participaram 217 homens e 100 mulheres, em nove unidades prisionais femininas e masculinas. A prevalência de sofrimento psíquico foi de 27,7%, sem diferenças segundo o gênero. Os sintomas mais frequentes foram: dormir mal (53,0%) e sentir-se nervoso, tenso ou agitado (52,0%). Entre os possíveis fatores que propiciam o sofrimento psíquico, estão: relacionamento interpessoal entre agentes e presos; ameaças constantes; superlotação; poucos profissionais e sobrecarga de trabalho. E entre os possíveis fatores protetores, estão: praticar alguma religião; ter apoio social; contar com a compreensão dos colegas; ter o reconhecimento de seu trabalho e relacionar-se bem com superiores. Conclusão: a superlotação e a insalubridade do ambiente trazem consequências negativas para a saúde mental dos trabalhadores; no entanto, formas de apoio social e valorização profissional podem protegê-los.Abstract Objectives: to analyze the psychological suffering of prison agents in the state of Rio de Janeiro, Brazil, and to point out the social factors associated with it, especially in the work environment. Methods: this is a quantitative and qualitative study. Prison units were selected using stratified sampling. We used the Self-Reported Questionnaire (SRQ20) and a social support scale. Explanatory variables were related to both the professional profile as well as the social and work scope factors, and we employed logistic regression models (stepwise). Results: in total, 217 men and 100 women from nine female and male prison units participated. The prevalence of psychological distress was 27.7%, with no gender differences. The most frequent symptoms were sleeping poorly (53.0%) and feeling nervous, tense or agitated (52.0%). Among the possible factors that lead to psychological distress are interpersonal relationships between agents and prisoners; constant threats; overcrowded cells; few professionals and work overload. Among the possible protective factors are practicing a religion; having social support; relying on the co-workers’ understanding; being recognized for their work and having a good relationship with their superiors. Conclusion: overcrowding and unhealthy environment produce negative consequences on worker’s mental health. However, forms of social support and professional enhancement can protect them.

Cite

CITATION STYLE

APA

Bezerra, C. de M., Assis, S. G. de, Constantino, P., & Pires, T. O. (2021). Fatores associados ao sofrimento psíquico de agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 46. https://doi.org/10.1590/2317-6369000038218

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free