A Instituição total como agência de produção de subjetividade na sociedade disciplinar

  • Benelli S
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Abstract

A leitura de Goffman a partir das análises de Foucault pode nos proporcionar um enriquecimento fecundo na compreensão dos processos de produção de subjetividade na sociedade contemporânea e, de modo específico, no contexto das instituições totais, que estão longe de terem desaparecido. Consideramos que Goffman realiza uma modalidade de análise institucional que pode ser situada transitando entre os planos macro (ou molar) e micro dos fenômenos que ocorrem nos estabelecimentos fechados. Goffman analisa as práticas não-discursivas, e as articula com grande sutileza, fazendo os "detalhes" mais pitorescos e aparentemente insignificantes do cotidiano institucional falarem: percebemos, então, o plano microfísico das relações intra-institucionais mergulhando nas diferentes estratégias nas quais o poder se ramifica, circula, domina e produz saberes e sujeitos. Acreditamos que Goffman já apresenta o poder como uma relação dinâmica de estratégias sempre atuantes, presente em toda parte, em todos os lugares. Foucault, por sua vez, nos revela como são possíveis as instituições disciplinares e quais as razões de sua emergência. Ambos são excelentes referenciais para análises institucionais.Goffman's insights about Foucault' s analyses can provide a considerable achievement about the subjectivity production processes knowledge in the contemporary society and, mainly at total institutions context, where they are so present. We consider that Goffman's institutional analyses is between the macro (molar) and micro spheres of the phenomenon, that happen in closed institutions. He analyzes the non-discoursive practices, and subtlety articulates them, as the daily, apparently insignificant and bizarre "details" from institutional context makes us to realize the intra-institutional relations of microphysics plan, dipping into different strategies in which power itself branches, circulates, dominates and produces knowledges and subjects. We might say that Goffman has already introduced the idea of power as a dynamical relation of strategies always achieved at all parts and places. Foucault, reveals us how possible are disciplinary institutions and their reasons for emerging. They both are outstanding references to the institutional analyses.

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Benelli, S. J. (2004). A Instituição total como agência de produção de subjetividade na sociedade disciplinar. Estudos de Psicologia (Campinas), 21(3), 237–252. https://doi.org/10.1590/s0103-166x2004000300008

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