Presente desde há muito no campo conceitual educacional, as atuais discussões sobre os processos de formação e de profissionalização docentes têm, cada vez mais, colocado em evidência o conceito de experiência. Em que pese novas combinações de seu uso, tais como “saberes experienciais”, “saberes da experiência”, “formação experiencial”, “experiência formadora”, “experiência de vida” etc, as vias de construção da experiência, bem como a explicitação de seus significados, são ainda pouco analisadas. O objetivo desse texto é de explicitar as dificuldades em se trabalhar com esse conceito haja vista sua polissemia e diversidade de entendimento. Para isso, ele está estruturado em duas partes. A primeira, apresenta a associação entre experiência e formação de adultos como fundamentada, em larga medida, em modelos teóricos em que esse conceito teve um papel preponderante (sobretudo J. Dewey, D. Kolb e M. Knowles). A segunda, traz o recorte de uma pesquisa que, ao exemplificar a diversidade de entendimento da noção de « experiência » do ponto de vista dos professores, aponta para a necessidade de sua desnaturalização de modo a discutir a diversidade de seus usos sobretudo no campo da formação e da profissionalização docentes.
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Villas Bôas, L. (2017). OS DESAFIOS DO CONCEITO DE EXPERIÊNCIA PARA PENSAR A PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE. Revista Diálogo Educacional, 17(53). https://doi.org/10.7213/1981-416x.17.053.ao08
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