Uma nova ortodoxia está se constituindo, que toma como certo que o “conhecimento” é a única fonte de valor, que o trabalho é uma eventualidade e não é localizável, que a globalização é um processo inexorável e inevitável e que, por, consequência, a resistência é vã e qualquer reivindicação advinda de um corpo físico aqui-e-agora está irremediavelmente fora de moda. As implicações deste “senso comum” são imensas, pois podem moldar assuntos tão diversos quanto impostos, legislação trabalhista, níveis de gastos com previdência, direitos de privacidade, e política ambiental. São noções que servem para legitimar uma nova agenda política e estabelecer o cenário para uma nova fase da acumulação de capital. A tarefa que me coloquei neste ensaio é re-corporificar/re-encarnar o espaço cibernético para tentar tornar visíveis os componentes materiais deste mundo virtual.
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Huws, U. (2011). Mundo material: o mito da economia imaterial. Mediações - Revista de Ciências Sociais, 16(1), 24. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2011v16n1p24
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